quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Óquei humilhado em casa!

Lastimável! É assim que se define a atitude dos jogadores do Óquei esta noite na recepção à equipa do Valongo. 

Depois de dois desafios contra campeão europeu e nacional respectivamente, o OCB defrontou na Catedral o Valongo, uma equipa que, pese embora se apresente com um plantel de notória melhor qualidade que o nosso, era um adversário ao nosso alcance, não fosse o vergonhoso comportamento dos jogadores.

É famosa a moda que pegou no desporto, e também em Barcelos de se culparem os árbitros mas, vamos ser homens e assumir... qual a moral que uma equipa pode ter de criticar um trabalho asqueroso - que o foi - da dupla de arbitragem, quando o primeiro lance polémico nasce quando o placard assinalava já 4-0 a favor dos forasteiros?!

Mas vamos ao jogo. A primeira parte teve sempre a mesma toada de jogo, com o Valongo a asfixiar a equipa de Paulo Freitas, que hoje tomou a decisão que já vinha desde o jogo da Suíça, em colocar Hugo Costa no banco em detrimento de João Candeias, atleta que não fez grande parte da pré-época devido ao estágio que efectuou pela selecção nacional de sub-20. Dessa asfixia, resultaram três remates aos ferros e ainda uma grande penalidade falhada e, quando o cântaro vai muitas vezes à fonte, acaba por partir e, o Valongo partiu o Óquei ainda antes do intervalo com um resultado de 3-0.

A segunda parte foi mais do mesmo, até porque, o Valongo logo no primeiro minuto aumentou a vantagem para quatro golos sem resposta e, dez minutos depois chega o momento do jogo, em que, Ricardo Silva - já com João Candeias de fora por ter sido admoestado com cartão azul - agride João Souto e vê o cartão vermelho. Antes disso, já o Óquei havia falhado três lances de bola parada - uma na primeira parte e, já no segundo tempo por Riveros e Zé Pedro - mostrando o quão é ineficaz a veia ofensiva do OCB não só em bola corrida, como também neste tipo de lances, já que, pese embora tenhamos convertido em golo duas oportunidades no Dragão Caixa, com os encarnados também se desperdiçaram duas oportunidades.

Já com Ginho (que teve tempo de se tornar um dos melhores do Barcelos) na baliza, o Valongo marcou por duas vezes, uma delas através de Rafa, este que, deu uma prenda aos adeptos mais parolinhos que tanto se rejubilaram com o seu regresso em 2012/2013 e com fantasiosas ideias de amor ao clube. Hoje depararam-se com um festejo efusivo da parte do agora jogador do Valongo. Nada de novo, ou não estivesse na memória dos mais atentos, a saída precoce à mínima oportunidade para que o regresso apenas fosse possível perante o descambar do clube que representou um ano antes de chegar novamente ao Óquei.

A dez minutos do final, o argentino Pollo Ponce marcou o primeiro golo do OCB no jogo - a contrastar com os seis que os visitantes já haviam apontado - para aplauso do bem composto teatro municipal de Barcelos, nome apropriado para a plateia que agora assiste aos jogos, longe daquele que foi o denominado e reconhecido internacionalmente Inferno da Catedral que catapultou durante anos e anos o Óquei para grandes vitórias e grande títulos. Zé Pedro pouco depois ia reduzir para 6-2 num lance de contra-ataque, ele que fora um dos mais inconformados em toda a partida.

O jogo não ia terminar sem que o Valongo humilhasse o que já estava humilhado: mais dois golos no último minuto, um pelo barcelense de gema Rafa e outro pelo antigo atleta do OCB, Hugo Azevedo, terminado o encontro em 8-2 final. 

Aquilo que já vinha sendo referido neste espaço, ficou hoje provado e, a célebre frase de um antigo treinador do clube volta a ser lembrada: as fragilidades do Óquei vieram hoje ao de cima. Precisam-se de soluções, pois a época é longa e, seis equipas poderão descer de divisão. Neste momento, o Óquei é uma das seis equipas mais frágeis do campeonato. Apresenta-se sem fio de jogo e é nitidamente limitada.

Sábado às quinze horas em Braga, o OCB defronta o clube local que, à priori, é uma equipa do nosso campeonato, isto se, o plantel que está à imagem da direcção - sem garra, descaracterizada daquilo que é o estilo Barcelos e a raça OCB e, sobretudo, inferior aos desejos e expectativas daqueles que ainda sentem o Óquei de Barcelos, sem borlas e sem convites - se mostrar com uma atitude diferente daquela que foi hoje.